Diferentes cores do entardecer

Por alguns anos vivi intensamente a arte da fotografia. Tinha (ainda tenho, jamais me desfarei dela) uma câmera fotográfica, Nikon E80 com duas lentes (28-80 mm e 70-200 mm) que adquiri quando morei em Granada na Espanha em 2003. Eu nunca contei quantas fotografias eu fiz com essa câmera, mas tenho a sensação que passou de muito mais de 3000 mil fotos ao longo de 2003, 2004, 2005... Por algum motivo que eu não sei exatamente qual, acabei abandonando a câmera fotográfica e deixei de fazer algo que eu gostava muito. A vida é um ciclo e talvez eu tenha encerrado este, para iniciar outro que foi tão importante para a minha vida quanto foi a fotografia.
Fiz muitos amigos com a fotografia, vivi intensamente e descobri coisas que nunca imaginei que fosse capaz de fazer. Meu olhar se abriu para um mundo que até aquele momento eu desconhecia completamente. Percebi o tamanho da minha sensibilidade... e o quanto podia interagir com o mundo ao meu redor.
Nas últimas semanas tive muita vontade de retomar este lado adormecido de mim... mas preciso me preparar para adquirir um bom equipamento fotográfico que me permita brincar com a minha criatividade. Exercitar meu olhar, minha percepção, interagir profundamente com o mundo, dar asas a minha imaginação, me emocionar...

Na tentativa de me motivar... vou colocar neste blog algumas fotografias que me levam a reflexão, sempre acompanhado de algum texto.

Por um tempo fiz uma série de fotografias que denominei de Diferentes Cores do Entardecer, uma ode a Leonardo da Vinci, à luz, muito bem estudada por ele, à natureza, à arte e ciência. Foram fotos tiradas em diferentes lugares, dias, momentos... Vou começar com uma foto que eu gosto muito, porque consegui flagrar a luz de um jeito inusitado num por-do-sol em SF, Niterói. Foto feita em filme trabalhando tempos de exposição que eu já nem me lembro mais.


Porque gosto de brincar com a água, porque gosto de brincar com a luz. A mistura dos dois gera em mim uma imagem de sonhos, onde posso viajar através do que sinto quando contemplo a natureza e assim registrar não somente o que vejo com meus olhos, mas o que sinto com minh'alma.

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